Resumo
O estudo consiste em uma reflexão sobre o tema alimentos sustentáveis, delilmitada na certificação Selo Verde enquanto comunicação institucional e fortalecimento da imagem corporativa. Partiu-se do contexto de que, mesmo com forte conotação de desenvolvimento sustentável, o consumo de alimentos certificados configura-se como uma forma de promover a qualidade de vida e ao mesmo tempo contribuir para que o desenvolvimento econômico sustentável possa ser uma realidade nos dias de hoje. A questão norteadora da pesquisa questiona como as empresas estão utilizando a certificação Selo Verde, enquanto estratégia de comunicação institucional, para estimular o consumo de alimentos sustentáveis e ao mesmo tempo fortalecer sua imagem corporativa? O objetivo geral consite em analisar, por meio de pesquisa de campo, qual o principal motivo que levaria o consumidor a adquirir e consumir alimentos sustentáveis. Os procedimentos metodológicos envolveram a realização de pesquisa bibliográfica de caráter teórico e pesquisa de campo, envolvendo 40 participantes. Os resultados revelam que, entre os motivos apresentados, são os fatores culturais e econômicos que mais contribuem para o baixo consumo de alimentos com certificação Selo Verde.
Palavras-chave: Alimentos sustentáveis. Selo Verde. Responsabilidade social. Comunicação institucional.
1. Introdução
Nas
últimas décadas tem sido visível a preocupação com o meio ambiente, no sentido
de se adotar procedimentos que venham preservar os recursos naturais e a
própria qualidade de vida da sociedade. Esta preocupação tornou-se presente nos
contextos socioeconômicos mundiais, ao ponto de ser tratada como prioridade de
governo para muitas lideranças, diante do caos ambiental vivido pela sociedade
moderna como consequência dos milhares de anos
de exploração e descaso do homem para com a natureza.
Nesse
mesmo sentido, a globalização trouxe consigo crescimento e novidades
intermináveis fazendo com que as empresas busquem soluções para se adequarem a
essa realidade global, como oportunidade para se manterem no mercado de forma
competitiva e, ao mesmo tempo, orientada pelo conceito de desenvolvimento
sustentável.
Portanto,
para a empresa moderna, não basta apenas apresentar resultados financeiros
significativos, mas sim, adotar uma ação administrativa voltada para outras
finalidades, onde a cuidado com o meio ambiente tornou-se um fator determinante
para que as organizações conquistem uma imagem positiva junto à sociedade.
Neste
cenário, construir uma sociedade sustentável é o desafio de governos,
organizações e sociedade em todo o planeta. Isto significa um padrão de vida
digno a toda humanidade, com acesso a alimentação adequada, saúde e
oportunidade de trabalho, ganhando importância o conceito de responsabilidade
social, que é caracterizada pela relação ética e transparente da organização
com todas as partes interessadas, visando o desenvolvimento sustentável
(CAJAZEIRA & BARBIERI, 2006).
Visto
assim, a responsabilidade social é uma tendência resultante de atitudes e
atividades socialmente aceitáveis pelos empresários e exigidos pela sociedade,
diante do fato de que o planeta não tem suportado o modelo predatório de
desenvolvimento adotado até hoje, e já se ressente das agressões, manifestando-se
por meio de catástrofes e desastres naturais que cada vez mais surpreendem ao
homem por seu poder de destruição, ou seja, os recursos naturais usados hoje
como matérias-primas nos processos de produção e bens e serviços, começam a dar
sinal de esgotamento (MACHADO, 2002).
Hoje
o mundo se organiza para restabelecer a ordem, e a educação ambiental, amparada
na sustentabilidade e cidadania, tem sido o caminho para a conquista da
consciência ambiental, onde o homem reconhece que a preservação de sua espécie
está totalmente vinculada à preservação do meio ambiente. Dessa consciência,
surgiu um novo tipo de consumidor, aquele que não se submete às pressões do
mercado agroindustrial e buscam nos alimentos sustentáveis, preferencialmente
aqueles com certificação Selo Verde, uma forma de associarem aspectos
importantes relativos aos hábitos de consumo alimentares, ou seja, saúde,
responsabilidade socioambiental e preço.
É
nessa perspectiva, portanto, que, ao adotar como tema “Alimentos sustentáveis:
o Selo Verde como estratégia de comunicação institucional e fortalecimento da
imagem corporativa”, procurou-se estabelecer uma relação no âmbito
organizacional, entre o consumidor e sua percepção sobre o tema, e as empresas
que buscam na certificação uma forma de tornarem-se mais competitivas.
Sabe-se
que a certificação Selo Verde para alimentos é uma realidade no mundo inteiro,
no entanto, no caso do Brasil, verifica-se um crescimento tímido do número de
consumidores desses alimentos. Neste sentido, a questão norteadora da pesquisa
passa pelo seguinte questionamento: como as empresas estão utilizando a
certificação Selo Verde, enquanto estratégia de comunicação institucional, para
estimular o consumo de alimentos sustentáveis e ao mesmo tempo fortalecer sua
imagem corporativa?
Partindo
desse questionamento, procurou-se discorrer sobre o conceito de comunicação
institucional e imagem corporativa; contextualizar o conceito de
responsabilidade social nas organizações; estabelecer uma relação entre
alimento sustentável e a certificação Selo Verde, no que diz respeito aos
hábitos de consumo e as vantagens que a certificação traz para as empresas;
discorrer sobre os fatores que envolvem o consumo de alimentos com
certificação; e apresentar uma abordagem sobre a certificação Selo Verde
enquanto estratégia de comunicação institucional e fortalecimento da imagem
corporativa.
A
relevância do tema está relacionada ao fato de que atualmente, o mundo inteiro
tem se mostrado empenhado em buscar soluções para a preservação do meio
ambiente que possam ser adotadas de forma harmônica com o desenvolvimento
econômico sustentável. Além disso, é determinante que as soluções encontradas venham ao encontro da promoção da qualidade de vida da
população. Dessa forma, as possibilidades de consumir alimentos sustentáveis
passou a ter significativa importância, sendo tema sempre atual e merecedor de
investimentos em pesquisas e campanhas publicitárias que estimulem o consumo
desse tipo de alimentos.
No que diz respeito aos procedimentos metodológicos, o estudo
classifica-se como pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A pesquisa
bibliográfica foi desenvolvida a partir da consulta de livros e de artigos
disponibilizados por meio eletrônico. A pesquisa de campo foi realizada com um
grupo amostral composto por 40 indivíduos, tendo o questionário estruturado
como instrumento para coleta dos dados.
O
objetivo geral do estudo consiste em analisar, por meio de pesquisa de campo,
qual o principal motivo que levaria o consumidor a adquirir e consumir
alimentos sustentáveis, e os resultados revelam que, entre os motivos
apresentados, são os fatores culturais e econômicos que mais contribuem para o
baixo consumo de alimentos com certificação Selo Verde.
2. Referencial teórico
2.1 Comunicação institucional e imagem
corporativa
No
âmbito das organizações, Duarte (2003, p. 190) ressalta a importância da imagem
corporativa como o grande patrimônio da organização, ou seja: “a imagem é algo
que possui um valor superior até aos produtos ou serviços que ela oferece no
mercado”.
Diante
dos atuais arranjos onde estão inseridas as organizações, tanto no que diz
respeito às estratégias mercadológicas de competitividade, quanto na definição
de diretrizes de atuação junto à sociedade, um dos fatores primordiais de
relacionamento tem sido a comunicação enquanto recurso estratégico de
entendimento, persuasão e de negócios, e para que possa cumprir essa função, a
comunicação também requer planejamento e definição de regras que a tornem
eficaz (KUNSCH, 1997).
Tendo
em vista que a comunicação constitui um recurso estratégico para as
organizações, o processo de construção da identidade corporativa também sofre
influência significativa desse recurso. No entanto, oportuno é distinguir a
diferença entre comunicação institucional e comunicação mercadológica, o que
sugere duas classes de pessoas: os consumidores e os cidadãos. Nesse contexto,
a comunicação institucional é dirigida ao cidadão e a comunicação
mercadológica, ao consumidor de produtos e serviços, conforme esclarece Andrade
(1997, p. 121):
Sob o ponto de
vista da comunicação, a pessoa deve ser um ser bifacetado: de um lado está o
consumidor adquirente de produtos e serviços, e de outro o consumidor de ideias,
causas, crenças: o cidadão. Portanto, a comunicação da identidade corporativa
(a comunicação institucional) “fala e cala” muito mais à faceta do cidadão que,
cada vez mais, exige cidadania das empresas, corporações e instituições. É
também a comunicação da identidade corporativa aquela que melhor e mais
eficazmente atinge os públicos de interesse institucional.
Certamente
é tarefa quase impossível falar de comunicação sem fazer referência às
tecnologias presentes na sociedade atual. É indiscutível que a evolução
tecnológica e os recursos tecnológicos disponíveis na atualidade, exercem uma
função relevante na evolução e transformação da comunicação social. Se por um
lado representa uma verdadeira revolução cultural, por outro lado significa
investimentos e definição de novos objetivos e rumos estratégicos. Como
conseqüência disso, é o fato de que, no mercado de trabalho envolvendo a
comunicação social, já existem inúmeras empresas e clientes que fazem sua
comunicação de forma digital, apresentando e oferecendo seus produtos e
serviços, ou apresentam a instituição para quem presta seus serviços (NASSAR,
1997).
Esse
processo de evolução tecnológica e da própria comunicação impulsionado pelas
novas mídias fez surgir também um novo público. Nesse sentido, NASSAR (1997)
constata que não existiria a gôndola de novos produtos e serviços de
comunicação social que utilizam as novas tecnologias se não houvesse uma série
de novos públicos, fundamentais para o sucesso das instituições e empresas.
2.2 Responsabilidade social nas
organizações
De uma forma geral, as organizações podem
ser definidas como unidades sociais que procuram atingir objetivos específicos,
sendo que sua razão de ser é servir a esses objetivos. Portanto, são os
objetivos que estabelecem a base para a relação entre a organização e seu
ambiente (CHIAVENATO, 2008).
Em conceito
formulado por Robbins (2003, p. 31), “uma organização é um arranjo sistemático
de duas ou mais pessoas que cumprem papéis formais e compartilham um propósito comum”.
A partir desse
conceito, o tema responsabilidade social vem ganhando espaço nos cenários
organizacionais como forma de dar uma resposta positiva aos diversos problemas
que envolvem as relações de convivência entre os indivíduos e principalmente em
relação ao meio ambiente. A responsabilidade social no âmbito das organizações,
de acordo com Chiavenato (2008, p. 483), consiste na “atuação responsável
socialmente de seus membros, as atividades de beneficência e os compromissos da
organização com a sociedade em geral e de forma mais intensa com aqueles grupos
ou parte da sociedade com a qual está mais em contato”.
A
responsabilidade social das organizações passou a ser cada vez mais questionada
à medida que a sociedade passou a exigir uma postura ética da ação
administrativa nas empresas. Dessa forma, atualmente as organizações não são
percebidas apenas como arranjos voltados para vendas, lucros e produtividade,
mas sim, por suas contribuições à sociedade e compromissos com o bem comum. Nesse
aspecto, a responsabilidade social dá à organização uma conotação com ênfase
institucional, onde a visão institucional passou a orientar as ações
administrativas, determinando uma mudança de visão empresarial, ou seja, onde
antes privilegiava-se apenas o lucro, atualmente se privilegia o social e o
institucional (IANHEZ, 1997).
O conceito de
responsabilidade social empresarial está condicionado ao meio ambiente social,
político, econômico e cultural, tendo seu foco nas atitudes e comportamentos da
organização em face das exigências sociais vividas em um determinado tempo pela
sociedade. No entanto, a adoção de responsabilidade social nas estratégias
empresariais exige uma reflexão prévia sobre o conceito de ética empresarial,
levando em consideração que a responsabilidade social é um indicador de gestão
empresarial que envolve a ética em suas atividades (ASHLEY, 2005).
Dessa forma,
conforme ressalta Ashley (2005, p. 70), para que a responsabilidade social
exista, “é necessário que as técnicas e filosofias das empresas sejam
repensadas, que o fim social não seja massacrado pelo desejo de lucro – lucro
este que não deve ser um fim em si, e sim o viabilizador de uma atitude mais
ética e responsável por parte das empresas”.
Diante disso, o
que a sociedade espera de uma empresa realmente preocupada em contribuir para a
solução dos problemas da sociedade, é que ela adote uma política institucional
firme, ética, dinâmica e empreendedora, onde a responsabilidade social seja um
processo natural no ambiente interno da organização, e que essa cultura
organizacional possa estender-se no sentido de estimular a responsabilidade
individual de cada cidadão.
Por cultura
organizacional, deve-se considerar o conceito formulado por Mota (1997, p. 300),
que assim se expressa:
A cultura organizacional é a forma
expressiva de repasse de um projeto, de uma missão, a que os membros de uma
organização devem/querem aderir, sendo assim, ela também expressa uma visão da
organização (imagem atual e/ou futura) e uma visão de mudo existente e a
construir; é a cultura organizacional que comunica quais são os comportamentos,
a prioridade e as ações que darão sustentação à construção desse projeto; é ela
que diz quais os valores que são ou ao compatíveis com essa construção e a que
crenças devem os membros organizacionais se agarrar; é ela, ainda, que
determina modelos que devem ser seguidos.
Importante ressaltar
que as estratégias empresariais devem estar afinadas com a cultura
organizacional, além de que, dentro do conceito de responsabilidade social,
devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de cada país e de cada
região, para que seus resultados ofereçam as respostas necessárias de cada
contexto social.
No caso do Brasil,
conforme orienta Ashley (2005, p. 70), “é necessário que as estratégias de
responsabilidade social empresarial sejam criadas e desenvolvidas de acordo com
a realidade brasileira”. A autora ainda alerta para o fato de que as
experiências de outros países devem ser percebidas de forma positiva,
entretanto, pode ser que não proporcionem os resultados esperados tendo em
vista a diversidade regional e cultural do Brasil.
Visto dessa forma,
é de se entender que o principal motivo para uma empresa ser socialmente
responsável é que esse procedimento proporciona a ela consciência de si mesma e
de suas interações na sociedade.
No entanto, em um
mundo em que a realidade de mercado muda com velocidade cada vez maior, a organização
precisa saber exatamente qual é sua missão e a busca de um sentido ético para
sua existência deve voltar-se tanto para as relações de mercado quanto para as
relações entre pessoas.
Nesse contexto, Certo (2003, p. 49) define
responsabilidade social da empresa como sendo “a obrigação administrativa de
tomar atitudes que protejam e promovam tanto o bem estar da sociedade como um
todo quanto os interesses da empresa”.
Assim a responsabilidade social engloba tanto
o interesse pela parte externa da empresa, quanto o seu público interno,
buscando o bem-estar para as duas partes, ou seja, a responsabilidade social
empresarial diz respeito aos atos, tanto internos quanto externos, que as
organizações realizam que visam qualidade de vida para a sociedade como um
todo.
A responsabilidade social interna na empresa
tem como retorno imediato, o aumento da produtividade do trabalho como
decorrência da maior satisfação, motivação e capacitação dos seus empregados,
além do retorno do investimento pelo aumento da produtividade. Dessa forma, ao
agir com responsabilidade social a empresa ganha respeito, admiração e reconhecimento
por parte dos stakeholders, ou seja,
das pessoas que afetam ou são afetadas pelas atividades da organização.
2.3 Alimentos sustentáveis e a certificação
Selo Verde
Por
alimento sustentável entende-se todo e qualquer alimento produzido em condições
naturais e sem o uso de agrotóxicos. De acordo com a literatura consultada, os
alimentos sustentáveis, denominados também de alimentos ecológicos, englobam
todos os produtos alimentares produzidos pela agricultura ecológica e suas
correntes, como a agricultura orgânica, a agroecológica, a biodinâmica entre
outras (BRANDENBURG, JEANE e SILVA JUNIOR, 2008).
De
acordo com estudos da Embrapa, em meados dos anos 70 acentuou-se a pressão da
sociedade e dos mercados consumidores por produtos elaboradores por processos
que causam menos impactos ao meio ambiente, e ao mesmo tempo em que o conceito
de responsabilidade socioambiental ganhou importância, tanto no ambiente das
organizações quanto nos hábitos de consumo, motivaram a criação de novos mecanismos
reguladores de qualidade, que incorporassem o cuidado com o manejo ambiental no
processo de produção, orientados por normas de certificação e de dispositivos
legais que garantam a produção de alimentos em harmonia com a preservação dos
recursos naturais (PESSOA, 2002).
É
neste cenário que surge a certificação Selo Verde, que consiste em um rótulo
colocado em produtos comerciais, indicando que sua produção foi feita atendendo
a um conjunto de normas pré-estabelecidas pela instituição emitente do selo.
Seu principal objetivo é comunicar ao consumidor que o produto que o mesmo está
adquirindo foi produzido de acordo com os critérios de qualidade e, acima de
tudo, com baixo nível de impacto ambiental, como no caso dos alimentos certificados.
Ao
associar a produção de alimento com questões ambientais, ao mesmo tempo em que
o acesso a programas de educação ambiental foi favorecido pela grande atenção
que os meios de comunicação dedicaram a este assunto, provocou alterações
conceituais sobre as relações entre desenvolvimento econômico e meio ambiente,
tanto no Brasil quanto no resto do mundo.
Neste
momento, a atenção volta-se à forma de como o produto foi elaborado, aumentando
a preferência a alimentos produzidos no âmbito de uma cadeia produtiva
ambientalmente responsável. A esse respeito, Pessoa (2002, p. 19) apresenta o
seguinte relato:
Surgem, assim,
novos fatores que interferem nos critérios de escolha e diferenciação de
produtos, baseados também no conhecimento da forma como o produto foi
elaborado, dando-se preferência àqueles gerados no âmbito de uma cadeia
produtiva “ambientalmente responsável”. O consumidor passa a adotar um hábito
próprio de consumo, que leva em conta suas preferências culturais, sociais e
econômicas e as opções que lhe são oferecidas, balanceando, durante o processo
de escolha, fatores da trilogia saúde-ambiente-preço. A tendência mundial de
aquisição volta-se, portanto, para a busca por alimentos de boa aparência,
preferencialmente sem conservantes, produzidos sem agrotóxicos e sem riscos
para o meio ambiente.
No
que diz respeito aos hábitos de consumo de alimentos sustentáveis, que são
determinados principalmente por fatores culturais, sociais e econômicos,
Brandenburg, Jeane e Silva Júnior (2008, p. 56) esclarecem que:
Ao se pensar a
questão do consumo, compreende-se a sociedade contemporânea articulada ao
cotidiano do consumidor, pois, entre os consumidores, há diferenças no modo de
consumir, seja quanto à maneira de satisfazer suas necessidades, seja quanto
aos seus anseios e desejos. Observe-se, ainda, que a sociedade de consumo não
está atrelada somente à simples relação de oferta e procura, mas também às
visões de mundo, aquilo que é chamado de peculiaridades culturais.
É
indiscutível que o consumo do alimento sustentável faz do consumidor um
indivíduo fortemente comprometido com a responsabilidade socioambiental, e este
comprometimento sobrepõe-se a questões econômicas e resiste às pressões do
mercado e da agroindústria, prevalecendo ainda, a questão da promoção da saúde
e qualidade de vida do consumidor, conforme relatam Brandenburg, Jeane e Silva
Júnior (2008, p. 58):
O consumidor ecológico tem na sua escolha a responsabilidade ambiental
que é evocada nesse tipo de agricultura e simultaneamente mostra-se crítico
quanto ao consumo massificado e desmedido que provoca a degradação do meio
ambiente. Visto dessa maneira, tal consumidor também se vê entre as
contradições do mercado e opta por consumir alimentos ecológicos
primordialmente para precaver-se de riscos com relação à sua saúde.
De acordo com relatórios
produzidos pela UniEthos, entidade criada pelo Instituto Ethos com a função de
oferecer educação e orientação às empresas para que incorporem a
sustentabilidade e a responsabilidade social em sua gestão estratégica, apontam
que a sustentabilidade não é uma preocupação recente, tendo em vista que,
diante dos prejuízos causados ao meio ambiente e das disparidades sociais
presentes em diversas partes do mundo, obrigou as lideranças mundiais,
empresariais e não governamentais entenderem que era urgente desenvolver ações
que combinassem a preservação ambiental, as questões sociais, humanas e
econômicas, surgindo assim a Liga das Nações, em meados de 1920, ocasião em que
alguns países se reuniram com o objetivo de promover a cooperação, a paz e a
segurança internacional, sendo que essa iniciativa foi o primeiro passo que
levaram as lideranças mundiais a pensarem globalmente (UNIETHOS, 2005).
2.4 A certificação Selo Verde enquanto
estratégia de comunicação institucional
A Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) é o órgão de certificação brasileira, certificado pelo Inmetro,
para atuação em certificação de sistemas de garantia de qualidade e de produtos
no País.
A ABNT define certificação como
um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente da
relação comercial, com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que
determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos
especificados. Estes requisitos podem ser: nacionais, estrangeiros ou
internacionais (PESSOA, 2002).
Especificamente no que diz
respeito a certificação, este processo em sentido amplo, de acordo com Silva
(2005, p. 4), pode ser definido como:
(...) um
processo voluntário, no qual uma organização busca o reconhecimento, através da
garantia dada aos seus clientes e à sociedade, por meio da Certificação, de que
seu produto tem origem em florestas adequadamente manejadas, quanto aos
aspectos ambiental, social e econômico. A certificação é um instrumento que atesta
determinadas características de um produto ou de um processo produtivo.
Entre
os benefícios resultantes da certificação, independente do tipo de produto ou
serviço que certificado, Pessoa (2002, p. 85):
· organização, simplificação
e clareza de procedimentos e tecnologias disponíveis para a produção;
· definição de
métodos de controle, calibração e segurança de equipamentos;
· disciplina na
produção; organização e agilidade na recuperação de documentação de registros
de acompanhamentos;
· controle de produtos,
serviços e processos;
· racionalização
de tempo gasto nas atividades;
· redução do
consumo e do desperdício de recursos naturais não-renováveis;
· melhoria de
qualidade;
· diminuição de entraves
associados a barreiras comerciais;
· proteção à saúde
do consumidor e ao meio ambiente;
· segurança e
confiabilidade no produto.
A
autora ainda ressalta que os benefícios citados acima, podem ser priorizados em
decorrência de três grandes demandas do consumidor: facilidade de identificação
do produto, competitividade de mercado e credibilidade.
De
uma forma geral, de acordo com SCHENINI (2005), as circunstâncias que levaram
as indústrias a adotarem produtos certificados estão relacionadas às demandas
do mercado global, que passaram a exigir produtos com padrão de qualidade,
produzidos com tecnologias limpas e ecologicamente corretas. Dessa forma, é
evidente uma tendência das empresas em se adequarem para atender ao conceito de
desenvolvimento sustentável, a partir da utilização racional dos recursos
naturais, além de atender às expectativas dos consumidores e clientes.
De
acordo com a revista Análise, do Instituto de Desenvolvimento Educacional e
Industrial do Espírito Santo (IDEIES), edição de agosto de 2011, o Selo Verde,
enquanto estratégia de comunicação institucional e diferencial competitivo,
contribuindo para o fortalecimento da imagem corporativa das empresas junto ao
público consumidor, é uma questão já consolidada.
No
cenário econômico mundial, as empresas mais competitivas serão aquelas que estão
investindo em meios de produção que viabilizem um crescimento saudável, preservando
o meio ambiente. E é aqui que o selo verde começa a ser o diferencial. No
entanto, cabe ao consumidor ficar atento, pois assim como acontece em outros
países, a quantidade de selos verdes pode desqualificar a sua utilização, tendo
em vista que muitas empresas utilizam essa certificação apenas como atrativo
comercial, sem nenhum comprometimento com a sustentabilidade e a
responsabilidade socioambiental (ANÁLISE, 2011).
Outro
problema identificado no âmbito das empresas, no que diz à eficiência da
comunicação institucional associada ao Selo Verde diz respeito à questão
relativa ao alto poder aquisitivo, que é uma característica do consumidor de
alimentos e produtos certificados.
A
esse respeito, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), reconhece
que diante do grande potencial do mercado de produtos com Selo Verde, muitas
empresas passaram a se interessar em mapear o poder de compra de pessoas com
alto poder aquisitivo interessadas em um estilo de vida de baixo impacto ambiental,
vendo essas pessoas como um novo e excelente nicho de mercado. Assim, a
necessidade de redução e modificação dos padrões de consumo foi substituída
pelo simples “esverdeamento” dos produtos e serviços (IDEC, 2005).
Além
disso, ainda de acordo com o IDEC (2005), o consumo de alimentos com Selo Verde
tem alcançado apenas uma parcela da população, ou seja, aquelas com maior poder
de compra, enquanto que os indivíduos de baixo poder aquisitivo continuam
consumindo produtos inferiores e com um nível de consumo abaixo da satisfação
de suas necessidades básicas, o que exige dos órgãos de regulação e das
próprias empresas repensarem suas estratégias de comunicação promocional no
sentido de garantirem uma imagem positiva junto ao consumidor baseada no compromisso
com a responsabilidade socioambiental e o desenvolvimento econômico
sustentável.
3. Metodologia
O
estudo foi viabilizado por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo.
No primeiro caso, este tipo de pesquisa tem como fonte primária livros,
jornais, revistas, artigos e publicações disponibilizadas por meio eletrônico.
A consulta da literatura científica oferece subsídios teóricos para discussão
dos resultados obtidos com a pesquisa de campo (VERGARA, 2007).
No
caso da pesquisa de campo, a mesma foi realizada com a participação de
indivíduos escolhidos de forma aleatória, sendo que os únicos critérios de
inclusão foram a acessibilidade e a disponibilidade para participarem da
pesquisa. Este tipo de pesquisa consiste na investigação realizada em local
onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo,
podendo incluir entrevistas, questionários e observações como instrumento para
a coleta dos dados (VERGARA, 2007).
Atendendo
aos procedimentos metodológicos recomendados para a pesquisa de campo, foi
utilizado o questionário aberto, estruturado, como instrumento para coleta de
dados (em apêndice). Composto por cinco questões direcionadas com o objetivo de
oferecer resposta ao questionamento e atender ao objetivo geral da pesquisa, o
questionário também serviu para caracterizar a amostra por critérios de idade,
grau de escolaridade, renda média mensal e atividade profissional.
Para
viabilizar o acesso ao questionário pelos participantes e a coleta das
respostas, o mesmo foi disponibilizado nas redes sociais (Facebook), durante o
período de 18 a 30 de abril de 2013. A importância desse procedimento está
relacionada ao fato de ser possível obter uma maior heterogeneidade da amostra.
Com
esse procedimento, foi possível contar com a participação de 40 indivíduos com
idade entre 18 a 60 anos, onde a maior incidência foi registrada na faixa
etária de 26 a 35 anos, representando um percentual de 45,6% da amostra. Dos
participantes, 47,5% têm curso superior, e 60% tem uma renda média mensal em
torno de 2 a 5 salários mínimos. No que diz respeito à atividade profissional,
foram registrados advogados, profissionais de marketing, jornalistas,
servidores públicos, empresários, bancários entre outros.
4. Resultados
Partindo
da constatação de que os alimentos sustentáveis ainda apresentam um baixo
índice de consumo no Brasil, foram apresentados aos participantes alguns
fatores que contribuem para este quadro. Pelos dados apresentados na Tabela 1 é
possível visualizar a percepção dos participantes em relação a estes fatores:
|
Fatores
|
Grau de importância
|
||||
|
Nenhuma importância
|
Pouco importante
|
Importante
|
Muito importante
|
||
|
Fatores culturais
|
2,6%
|
26,3%
|
31,6%
|
39,5%
|
|
|
Fatores econômicos (alto custo dos produtos)
|
0,0%
|
7,7%
|
30,8%
|
61,5%
|
|
|
Falta de informação sobre benefícios
|
0,0%
|
15,8%
|
60,5%
|
23,7%
|
|
|
Estratégias de comunicação deficientes
|
2,7%
|
28,9%
|
39,5%
|
28,9%
|
|
|
Baixa oferta dos produtos nos supermercados
|
5,1%
|
15,4%
|
51,3%
|
28,2%
|
|
Tabela
1. Fatores que contribuem para o baixo índice de consumo de alimentos
sustentáveis.
Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor.
Pelos
resultados, percebe-se que os fatores econômicos, ou seja, o alto custo dos
produtos, ainda é um dos fatores que mais influenciam para o baixo índice de
consumo de alimentos sustentáveis, sendo esta a opinião de 61,5% dos
participantes. Não se pode deixar de considerar também que, para 39,5% dos
participantes, são os fatores culturais que limitam o consumo desses alimentos,
ao passo que, para 23,7% fez referência à falta de informações sobre os
benefícios desses alimentos, e 28,9% apontaram a deficiência das estratégias de
comunicação das empresas, e 282,2% afirmaram que a baixa oferta dos produtos
nos supermercados é um fator determinante para o baixo consumo dos alimentos
com certificação Selo Verde.
No
Gráfico 1 é possível constatar a opinião dos participantes quando perguntados
sobre o principal motivo que levaria o consumidor a adquirir e consumir
alimentos sustentáveis.
Gráfico 1. Principal motivo para consumir alimentos
sustentáveis.
Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor.
Mesmo
não ignorando motivos sociais, culturais e o senso de responsabilidade social, que
registraram respectivamente 7,5%, 10% e 30% como motivos que levariam o
participante a consumirem alimentos sustentáveis, a pesquisa revelou que 52,5%
passariam a consumir estes alimentos motivados pela redução do custo dos
produtos, que precisam ser repensados para que as empresas alcancem um maior
número de consumidores. Mesmo sendo o motivo econômico que mais se destaca, esse
resultado vem confirmar que a produção e o consumo de alimentos com
certificação Selo Verde é antes de tudo um compromisso com o meio ambiente e
com o desenvolvimento econômico sustentável, situações estas que devem sempre
prevalecer em detrimento de modismos ou influências da mídia.
No
Gráfico 2 procurou-se saber dos participantes se o alto custo dos alimentos é,
efetivamente, um motivo que limita e não favorece o consumo frequente dos alimentos
sustentáveis.
Gráfico 2. Alto custo como fator para não consumir
Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor.
Os
resultados obtidos é quase uma unanimidade na opinião dos participantes de que
o alto custo limita e não favorece o consumo de alimentos sustentáveis,
registrando um percentual de 92,3% contra 7,7% que não consideram o alto custo
um fator determinante para o não consumo. Esse resultado vem confirmar o que
foi registrando na primeira questão, onde os participantes consideraram os fatores
econômicos (alto custo) como muito importante e que limita ou até mesmo impede
o consumo de alimentos com certificação Selo Verde.
Com
objetivo de confirmar o principal motivo para o baixo consumo de alimentos
sustentáveis, o Gráfico 3 apresenta os resultados quando aos participantes foi
pedido para optar entre dois fatores: o alto custo e a mudança de hábitos
alimentares como obstáculo ao consumo.
Gráfico 3.
Obstáculo ao consumo.
Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor.
Os resultados
são quase equivalentes, onde 57,5% relataram a mudança de hábitos e 42,5%
fizeram referência novamente ao alto custo dos alimentos.
Na
última questão, procurou-se saber dos participantes se eles acreditam que o Selo Verde seja uma
estratégia de comunicação institucional eficiente e que fortalece a imagem
corporativa das empresas que adotam essa certificação. Os resultados estão
apresentados pelo Gráfico 4.
Gráfico 4. Selo verde como estratégia de comunicação
eficiente
Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor.
Pelos
resultados, constata-se que 20% dos participantes não acreditam que o Selo
Verde seja uma estratégia eficiente de comunicação institucional e que
fortalece a imagem da empresa. No entanto, na opinião de 80%, o Selo Verde é
uma estratégia de comunicação institucional eficiente, e que de fato, assegura
maior competitividade à empresa e o fortalecimento de sua imagem junto ao
público consumidor.
5. Conclusão
A
responsabilidade social, antes de ser apenas mais um conceito, passou a ser um
valor que deve estar presente na cultura organizacional das empresas, tendo em
vista que os cenários econômicos da forma como se apresentam atualmente, exigem
das organizações, além de produtos com qualidade e preços acessíveis, que ela
assuma também o compromisso de proporcionar bem-estar e qualidade de vida
individual e coletivamente.
Ao
associar o conceito de responsabilidade social com o desenvolvimento
sustentável, a responsabilidade socioambiental ganha
uma nova conotação, tornando-se assim, o diferencial competitivo para que as
empresas consolidem uma imagem corporativa de forma positiva no mercado em que
atuam.
Nesta
perspectiva, garantir um bom posicionamento dos produtos no mercado, aliado com
uma atuação socialmente responsável está de acordo com a nova ordem econômica
mundial, especialmente quando organizações não governamentais lançam
diariamente campanhas de boicote na utilização de produtos não certificados,
que são comercializados sem o mínimo de cuidado no que diz respeito à
preservação dos recursos naturais.
Estimulado
por essas iniciativas, os governos sentem-se na obrigação de certificar
produtos e desenvolver metodologias que assegurem a procedência dos mesmos, e
no caso desse estudo, a certificação Selo Verde veio dar aos alimentos
sustentáveis ou orgânicos, a garantia de que o indivíduo está adquirindo um
produto de procedência segura e produzido dentro de padrões internacionais de
qualidade e, acima de tudo, promovendo uma mudança de hábito a favor da promoção
de hábitos alimentares saudáveis e da qualidade de vida.
No
que diz respeito à pesquisa de campo, os resultados atestam que o alto custo
dos alimentos sustentáveis ainda é o principal motivo que limita a aquisição e
consumo de alimentos sustentáveis. Aliado a isso, a baixa oferta de produtos e
a deficiência das estratégias de comunicação das empresas foram fatores também
apontados que justificam o baixo consumo desses alimentos.
Com
estes resultados, é possível oferecer uma resposta ao questionamento levantado
no estudo, ou seja, como as empresas estão utilizando a certificação Selo
Verde, enquanto estratégia de comunicação institucional, para estimular o
consumo de alimentos sustentáveis e ao mesmo tempo fortalecer sua imagem
corporativa. Os resultados da pesquisa mostram que é preciso que as empresas
adotem estratégicas de comunicação institucional mais eficientes, com mensagens
que possam convencer o público consumidor de que, ao produzirem alimentos com
certificação Selo Verde, esta empresa está atestando publicamente que tem
compromisso socioambiental e com o desenvolvimento econômico sustentável, e que
não está apenas aproveitando-se de um nicho de mercado com alto poder
aquisitivo para obter elevados lucros financeiros.
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2007.
APÊNDICE
INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E GRADUAÇÃO (IPOG)
Estratégia Publicitária e Comunicação Empresarial
Caro
participante
Esta pesquisa é parte integrante
artigo científico apresentado ao Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG),
tendo como tema “Alimentos sustentáveis: o selo verde como estratégia de
comunicação institucional e fortalecimento da imagem corporativa”. O objetivo
da pesquisa consiste em identificar os fatores que justificam o baixo número de
consumidores de alimentos com a certificação Selo Verde.
Agradeço a sua participação e esclareço
que as informações colhidas com o questionário serão utilizadas exclusivamente
para atender ao objetivo da pesquisa mantendo-se preservado o anonimato do
participante.
Goiânia-GO,
abril de 2013.
________________________________________
Ernesto
Fleury
ROTEIRO DE QUESTIONÁRIO
1. De uma forma geral, o consumo de alimentos
sustentáveis ainda apresenta um baixo índice no Brasil. Na sua percepção,
indique o grau de importância que você atribui a alguns fatores que contribuem
para este quadro.
Considere a seguinte escala: 0 = Nenhuma importância
1
= Pouco importante
2
= Importante
3
= Muito importante
|
Fatores
|
0
|
1
|
2
|
3
|
|
Fatores
culturais
|
|
|
|
|
|
Aspectos
econômicos (alto custo dos produtos)
|
|
|
|
|
|
Falta
de informações sobre os benefícios para a saúde
|
|
|
|
|
|
Pouca
eficiência das estratégias de comunicação utilizadas pelas empresas
|
|
|
|
|
|
Baixa
oferta dos produtos nas redes de supermercados
|
|
|
|
|
2. Em sua opinião qual o principal motivo que
levaria o consumidor a adquirir e consumir alimentos sustentáveis:
( )
Social
( )
Cultural
( )
Econômico
( )
Senso de responsabilidade socioambiental
3. O alto custo dos alimentos sustentáveis é um
fator determinante que limita e não favorece o consumo frequente desses
alimentos?
( )
Sim (
) Não
4. Na sua percepção, qual dos motivos você
destaca como um obstáculo ao consumo de alimentos sustentáveis:
( )
Alto custo
( )
Mudança de hábitos de consumo
5. Você acredita que o selo verde é uma estratégia de comunicação institucional eficiente
e que fortalece a imagem corporativa das empresas que adotam essa certificação?
( )
Sim ( ) Não
PERFIL DO PARTICIPANTE
Idade: ( ) 18
a 25 anos
(
) 26 a 35 anos
(
) 36 a 45 anos
(
) 46 a 60 anos
(
) Acima de 60 anos
Grau de escolaridade: ( ) Ensino Fundamental
( ) Ensino Médio
( ) Ensino superior
( ) Pós-graduação
Renda média mensal: ( ) 1 a 2 salários mínimos
( ) 2 a 5 salários mínimos
( ) 5 a 10 salários mínimos
( ) Acima de 10 salários mínimos
Atividade profissional que exerce atualmente:
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