sábado, 16 de fevereiro de 2008

Fenômenos Contemporâneos de Comunicação de Massa (Publicidade) Nas Perspectivas Teóricas:

Publicidade - Perspectiva de Estudos Culturais no Capitalismo

Nesta teoria de Estudos Culturais que propõe a interdisciplinaridade entre as culturas, deixando conceitos antigos professados por antropólogos e adotando uma visão mais completa de cultura passando pelas áreas sociológicas, históricas, filosóficas e também antropológicas.
Conta esta teoria que desde o pós-guerra na Inglaterra, já se sentiam mudanças de valores culturais na classe operária. De certa maneira estes operários já sentiam influencias de grupos sociais e culturais. Sua formação cultural não era mais apenas fruto de literaturas e arte de artefatos, estariam interligadas também as condições econômicas deste indivíduo.
Desde modo as práticas que permitiam reconstruir o comportamento do indivíduo de forma padronizada e rotineira criavam indivíduos com as mesmas idéias compartilhadas. A vida cotidiana era totalmente influenciada pela cultura gerada do período vigente.
Não podemos descartar a massificação que os MCM (Meios de Comunicação de Massa) provocavam, eles agem representando e produzindo constantemente práticas culturais.
As questões que nos levam a reflexão deste fenômeno “Publicidade” na perspectiva de Estudos Culturais no capitalismo é a percepção que se observa das ideologias e a verificação de resistências no momento em que se recebe a informação pelos MCM, gerando formação de identidades culturais “tribos”, constituídos de indivíduos com um mesmo pensamento se comportando da mesma maneira em plena manifestação revés cultural.

Publicidade - Perspectiva da Teoria Crítica no Capitalismo

Esta teoria é a mais debatida das teorias da comunicação, porém esta teoria não foi criada para solucionar os problemas da comunicação. Por ser uma teoria baseada e fundamentada no pensamento de Marx ela vem criticar nosso cotidiano e nosso comportamento em grupo (cultura).
Mais especificamente sua preocupação é de como as pessoas se comportam no dia-a-dia do capitalismo focando as influencias, na vida social, profissional, pessoal e inter-pessoal de cada membro do grupo cultural.
Este pensamento vem desde o iluminismo (liberdade, igualdade e fraternidade) onde a razão propiciava a libertação. O que ocorre é que com o passar dos tempos e o desenvolvimento das ciências exatas no modo de produção capitalista esta razão libertadora se tornou razão instrumental, de modo que quem a detém tem o poder e as condições de ter progresso material e consumista.
Esta relação de trocas de forma massificada, cria construções ideológicas que giram em função do ter para ser (pensamento da indústria cultural), recria o indivíduo transformando-o em objeto.
A dialética desta teoria é a de nos aprisionar na razão instrumentalizada, fazendo de nós seguidores de padrões e consumistas insaciáveis. As tendências conduzidas pela mídia, gerando uma eterna indústria de novos produtos refletem na sociedade uma inversão de valores e amarras sociais.
Com isso o capitalismo deixa de ser um modo de produção um modelo econômico e passa a influenciar na vida do indivíduo diretamente de todos os lados.

Publicidade - Perspectiva da Semiótica

Este olhar publicitário na perspectiva da Semiótica e bastante significativo, sobre tudo, pela produção de linguagem (signos) proferido pelas produtoras e agências de publicidade usando uma linguagem e gerando uma significação de consumismo.
Este processo não é tão simples assim, estes órgãos de mídia, antes de qualquer campanha publicitária, fazem um verdadeiro raio-x na questão (produto/cliente/necessidade) antes de construir a linguagem a ser utilizada, a fim de ter o maior êxito possível em sua campanha. Tecnicamente falando são gerados signos com significantes próprios de forma que possa conduzir o indivíduo a ter um entendimento, isto é, possa gerar um significado da mensagem de modo a atender seus interesses.

Publicidade - Perspectiva da Midiologia

Nesta teoria, o homem cria as ferramentas (técnicas) e por sua vez as ferramentas recriam o homem e a isso se dá o nome de tecnologia. Os estudiosos querem entender a lógica técnica da mídia antes que este processo já massificado vem a sair de seu controle.
De certa maneira os estudiosos como Mcluhan busca na teoria matemática as respostas para a dinâmica da comunicação midiologica. Devido à evolução técnica e tecnológica constante a comunicação humana os MCM funcionam como próteses técnicas que prolongam o corpo humano, estendendo os sentidos elementares e intensificando a percepção.
Esta influência dos MCM é tão poderosa em nosso meio que são capazes de criarem ambientes novos e alterar situações psíquicas e sociais. Isto posto, o meio se torna a mensagem amplificada.
Este avanço gera muitas vezes nas pessoas o consumo pela informação imediatista, propiciando resultado de verdadeira repulsa à argumentação discursiva, neste estagio a passividade e a oralidade impera no meio social.
Outro fator é a forma com que as pessoas lidam com a informação vista pela TV. Muitas vezes é mostrada uma realidade cruel e violenta e a tendência e a observação distanciada do telespectador. A TV ficcionaliza a realidade.

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