Quando falamos de uma entrevista bem feita, sob o olhar dos parâmetros de objetividade, tempo e qualidade, automaticamente nos remete a falar do jornalista, do repórter, que conduz a entrevista de forma limpa e clara, a fim de informar centenas de pessoas com um bom jornalismo.
O repórter tem o dever de dar a notícia o mais imparcial possível, sua conduta em uma entrevista dever ser pautado na cautela e na observação, principalmente para não assustar ou inibir seu entrevistado. Deve procurar se aproximar, usando jogo de cintura, habilidade no trato com as palavras, sobre tudo ter precisão cirúrgica em sua pergunta.
É importante também dizer, que o repórter deve ser uma pessoa aberta, livre de pré-conceitos e arrogância, para não contaminar sua entrevista e principalmente ser desagradável com seu entrevistado. Entender que o entrevistado é um ser humano dotado de qualidades e defeitos e saber extrair o máximo de informações dele se torna a razão maior de sua profissão.
A vida do jornalista, do repórter, é muito corrida, o cumprimento de metas e horários é rígido, mas ter um tempo de ler e se atualizar são fundamentais na formação de um profissional de comunicação social, pois uma das qualidades de um comunicador é de ter um rico conhecimento em assuntos gerais. Isso se justifica, principalmente no preparo de uma entrevista, onde se estuda detalhes de seu entrevistado e se pesquisa informações inerentes à entrevista. Isto é uma forma de precaver de possíveis “saias justa” e constrangimentos do repórter.
No trato com a fonte, é indispensável o jogo de cintura por parte do jornalista, existem casos em que a fonte passa a informação e exige que antes da notícia ser publicada faça uma releitura do que foi escrito. Este fato para muitos, só ajuda a melhorar a qualidade e a confiabilidade da informação veiculada. Mas para outros é uma forma que a fonte encontra de exercer pressão sobre o jornalista, exigindo que o mesmo faça cortes na sua notícia tais como: retirar este ou aquele nome, omitir esta ou aquela informação sob pena de que se não fizer, o jornalista não mais terá acesso às informações por ela passadas.
Existem casos também em que a fonte é um anunciante, ai a pressão e as censuras são mais fortes, sobre tudo porque estas pessoas são escoradas na “força” e no “prestígio” que detém, mas é bom lembrar que o jornalista nunca deve renunciar ao seu direito de rejeitar tais pressões exercidas pelas fontes na tentativa de intimidá-lo.
Mas é verdade e também muito comum, o repórter de jornal por exemplo, telefonar para alguma fonte com a finalidade de escrever com exatidão sobre um fato ou checar números que lhe foram fornecidos, mas isso é coisa mínima, não é a verificação de todo um trabalho.
Gostaria de finalizar meu texto com uma frase do juis Murray T. Gurfein que assim se expressou: “Uma imprensa incômoda, obstinada, onipresente, tem de ser aceita pelas autoridades, para que sejam preservados os maiores valores da liberdade de expressão e o direito do povo à informação”.
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