Os grandes povos do mundo ocidental capitalista adotam como fundamento cultural a valorização do capital, como justificativa aos bens materiais por entenderem que isso dê privilégios, poder e prestígio. Bom este fato é causa de grandes desigualdades sociais, culturais e ideológicas.
Cito estes aspectos: cultural, social e ideológico, por entender que são estruturais dentro de uma sociedade. Temos por tanto que identificar e conviver com os vários lados de uma mesma sociedade, sobre tudo nós os jornalistas formadores de opinião.
Preferir seguir uma linha mais livre que se paute em valorizar e procurar entender as manifestações culturais como peças estruturais na organização e universalidade erudita e popular de uma sociedade é antes de tudo respeitar nossos antepassados. Lutar contra os poderes ideológicos que censuram e discriminam determinadas manifestações culturais é tarefa não só do jornalista, mas de todo cidadão “livre”. Uma sociedade evoluída teve ter a maturidade de conviver com o diferente em seu meio democraticamente.
Esta luta ideológica é uma constante no mundo e seu objetivo é conquistar e manter o poder da informação nas mãos. Para isso são gastos milhões de reais em publicidade todos os anos, destinada única e exclusivamente a massificação de cultura, ou seja, manipulação de pessoas pelos monopólios de comunicação ideológica que culmina em uma verdadeira indústria de mentes.
Lutar contra estes valores fúteis e consumistas que a mídia prega e faz com que se deturpem uma série de conceitos e valores éticos do cidadão determinando uma contradição ideológica (visão de mundo) nos indivíduos, agindo como se fosse um vírus de computador, gerador de uma pane no sistema. O reflexo disso na sociedade é a substituição ou inversão de “valores” (familiares e de bons costumes) ditados e impostos pela mídia, tornando a sociedade não mais “livre” e sim “refém” de si mesma, por tanto defender um modelo de comunicação democrática e participativa é uma forma de mudar este quadro.
Vivemos uma ditadura não militar, mas ideológica forjada não na força física, mas no cerne de nossas cabeças, dando-nos sensações de liberdade e prazer artificiais e impondo o consumismo como forma de salvação.
No entanto este processo dominante de alienação, imposta a grande massa da população gerou uma grande “teia” com tentáculos duros e desconfortáveis, onde atualmente nota-se uma grande insatisfação popular com a péssima qualidade da programação da televisão, o que justifica a pouca variedade de opções de emissoras e canais em TV aberta no Brasil, principalmente sob o fato de serem pouco educativos.
Graças a Deus uma característica inerente à sociedade se faz presente, que é o de mobilização popular, onde se atribui inúmeras conquistas. Os vários movimentos sociais existentes são atuantes junto à sociedade e seus governantes, questionando e no mínimo promovendo uma reflexão no sentido de mudança e de justiça. Passando por caminhos preconceituosos e ideológicos, estes movimentos vão vencendo pouco a pouco.
Em fim, ideologia e visão de mundo, conquistas inerentes ao indivíduo subjetivo e imprevisível, mas capaz de amar e odiar, desejar e desprezar, ganhar e perder, ser fiel e infiel, ter fé e ser ateu, não importa, a humanidade teve ser tratada e respeitada enquanto seres humanos, pessoas, homens e mulheres e não como máquinas programadas por alguém para dar lucro a um monopólio ideológico fascista e impiedoso.
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